Com a pandemia, diversas comunidades do campo e da cidade do estado do Tocantins estão passando por dificuldades com a falta de renda e aumento de pessoas doentes com a covid 19. Em ato de solidariedade as comunidades do campo, a Articulação Tocantinense de Agroecologia (ATA), do qual o MIQCB faz parte, em conjunto com diversas organizações e movimentos sociais do campo e da cidade, organizam a Semana agroecológica: Saberes agroecológicos tecendo vidas e resistências nos territórios no enfrentamento a pandemia, na semana dos dias 17 a 21 de agosto.
Desde a segunda feira (17) está havendo doações de cestas básicas e kits de higiene as famílias indígenas do povo Apinajé, acampados e ocupantes de áreas de conflitos agrários na região Tocantinópolis, Araguaína e Palmas. Os alimentos que compõe as cestas básicas, são produtos agroecológicos doados pelas famílias assentadas da reforma agrária e quebradeiras de coco babaçu.
Além de alimentos saudáveis produzidos nas áreas de assentamentos e acampamentos do MST, o MIQCB contribuiu com a doação de azeites de coco de babaçu e a APA-TO com kit's de higiene pessoal e geral.
Azeites de babaçu produzidos pelas quebradeiras do Tocantins que foram entregues ao povo indígena Apinajé
E na sexta feira (21), a partir das 19h, haverá a Live Roda de Conversa dos Povos do Campo: Saberes agroecológicos tecendo vidas e resistências nos territórios no enfrentamento a pandemia. Contando com a participação de representantes dos povos quilombolas, indígenas, sem terras, como também, a participação de Maria Emília Pacheco, representante do Fórum Brasileiro de Segurança e Soberania Alimentar e Nutricional (FBSSAN) e Laudovina Pereira, representante do Conselho Missionário Indigenista (CIMI). A Live será transmitida canal Resistência Contemporânea no YouTube e pelos Facebooks da CPT Araguaia-Tocantins e APA-TO.
Um dos objetivos da semana é mobilizar ações de solidariedade das organizações e movimentos sociais que compõe a ATA para com as famílias do campo que se encontram em situação de vulnerabilidade, carência de alimentos e materiais de higiene. Também visa dialogar com a população da cidade sobre a importância da agricultura familiar, além de, dar visibilidade as experiências agroecológicas desenvolvidas nos territórios pelos indígenas, assentados, quilombolas, posseiros, quebradeiras de coco babaçu e atingidos por barragens.
Para enfrentar a pandemia, só com comida de verdade e agroecologia no campo e na cidade!
via APA-TO
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