A coordenadora geral do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu-MIQCB, Maria Alaíde e a assessora, Renata Cordeiro representaram o Movimento no evento internacional “Assegurando os direitos de posse da terra e território dos povos afrodescendentes na América Latina e no Caribe: Um caminho eficaz para a conservação e ação contra as mudanças climáticas". As atividades acontecem nos dias 11 a 14 de julho, em Bogotá – Colômbia.
Convocado pela Rights and Resources Initiative (RRI), pelo Proceso de Comunidades Negras (PCN), pela Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e pela Vice-Presidência da Colômbia, o evento reúne líderes Afrodescendentes, organizações da sociedade civil, ONGs e representantes do governo para formular recomendações viável com o objetivo de reduzir a lacuna de desigualdade interseccional que os Povos Afrodescendentes enfrentam e proteger seus direitos territoriais.
O Miqcb foi convidado a participar e apresentar a experiência do Fundo Babaçu como um mecanismo comunitário eficaz para fortalecer comunidades e mulheres e garantir autonomia econômica e política aos povos e comunidades tradicionais.
“Estou muito feliz em poder dialogar sobre autonomia econômica e fundos comunitários, onde compartilhei a grande conquista do Miqcb, que é o Fundo Babaçu. Uma atuação do Movimento que apoia projetos socioambientais oportunizando, as quebradeiras de coco babaçu e as famílias de territórios tradicionais, autonomia, renda em harmonia com o meio ambiente”, declarou Maria Alaídes, coordenadora do MIQCB.
Maria Alaídes se solidarizou com mulheres da Bolívia, Colômbia , Honduras que relataram ameaça de perda de sementes crioula, ameaças de falta de acesso à terra, ameaça por agrotóxico. Os relatos das mulheres foram durante as discussões da mesa sobre segurança alimentar.
Renata Cordeiro, assessora jurídica do Miqcb, explicou que o evento foi importante porque foi um momento de articulação dos movimentos de PCT-Povos e Comunidades Tradicionais e de incidência frente a governos, filantropia e cooperação internacional para possibilitar que estes assumam compromissos para reconhecimento de territórios, maretorios e garantia do uso e posse da terra e recursos naturais pelos PCT, sobretudo por ocasião da Conferência sobre Biodiversidade 2024: COP 16, que ocorre este ano na Colômbia, e também na COP 29 e 30, esta última ocorrendo em 2025 , no Brasil.
“Essa discussão é pertinente, sobretudo, por ocasião da Conferência sobre Biodiversidade 2024: COP 16, que será realizado em Cali, na Colômbia, e também na COP 29 e 30, esta última ocorrendo em 2025, no Brasil”, pontuou Renata.
Estão presentes representantes dos governos dos países da América latina e Caribe, representantes da ONU, FAO, ONGs, ambientalistas e diversidade de movimentos de povos tradicionais da América Latina e Caribe.
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